Sejam bem-vind@s ao I Seminário do Grupo de Pesquisas Transdiciplinares (GTrans) da Universidade Federal de São João del - Rei (UFSJ)

Nossos anais estão disponíveis aqui!

O primeiro seminário de pesquisa do GTRANS tem por objetivo ser uma canal para troca de experiências acadêmicas dos participantes deste grupo de pesquisa e também de seus colaboradores externos e / ou futuros colaboradores. Neste seminário, iremos ter apresentações de diversos pesquisadores que fazem parte do GTRANS e que terão a oportunidade de nos contar um pouco mais sobre suas atividades de pesquisa, ensino e extensão e como isto tudo pode se relacionar com Arte, Cultura e Sustentabilidade. Com isto, pretendemos possibilitar que as apresentações individuais sirvam de inspiração para que futuras parcerias acadêmicas sejam firmadas entre nosso colaboradores. No entanto, devido ao momento de pandemia do COVID-19, as apresentações serão pré-gravadas e submetidas antes do evento, de forma que todos os participantes possam assistir as apresentações antecipadamente. As apresentações serão também acompanhadas de um documento textual para complementar a apresentação com imagens, textos, referências e o que mais for necessário.

O evento em si terá palestras, mesa redonda, lançamento de livro e a troca de experiências entre estes participantes. Nesta troca será usado o modelo de círculos de debates onde alguns membros que submeteram trabalhos irão compor um círculo interno e tentarão fazer ligações entre si, formulando propostas de colaboração em pesquisa, ensino e extensão. Em um segundo momento haverá uma troca destes participantes com outros participantes do evento, inscritos previamente, onde este segundo grupo irá compor o círculo interno e debater a cerca do primeiro debate. Ao final, será aberto para todos os participantes debaterem as propostas encontradas.

No período da noite, sob o comando do Rogério e da Regilan, teremos um momento de descontração e algumas apresentações artísticas. O cabaré do GTrans deverá ser um espaço livre para o debate depois de um dia cheio de ideias e afetos.

Atenção participantes! Seu certificado já encontra-se disponível para download

Atenção autores! Instruções para publicação do artigo final

Em breve divulgaremos o link de inscrição para os participantes. Nosso evento será gratuito e teremos certificados de participação. Pode divulgar, chamar os amigos, separar a webcam, fone, microfone e a pipoca.

Atenção artistas!

O cabaré do GTrans irá aceitar inscrições para participações artísticas. E você? O que irá apresentar? O evento será do tipo palco aberto e todos estão convidados a apresentar-se.

Programação

Horário Atividade
08:15 - 09:30 Palestra Quem é o GTrans
Glauco Manuel dos Santos
Mediador: Adilson Siqueira
[Sala do Meet][Documento]
09:40 - 11:40 Círculo de debates 1 - Ideias Pedagógicas
Mediadoras: Tatiana Lima e Gabriela
Participantes: Glauco Manuel dos Santos, Paulo Henrique Caetano,
Rita Gusmão, Ivana de Vasconcellos Latosinski, Thiago Araujo
[Sala do Meet][Documento]
13:00 - 15:00 Círculo de debates 2 - Entre Arte e Ativismo
Mediador@s: Paulo Henrique Caetano e Ivana de Vasconcellos Latosinski
Participantes: Adilson Siqueira, Flávio Luiz Schiavoni, Priscila Moraes Ribeiro de Paula,
Regilan Deusamar Barbosa Pereira, Zandra Coelho de Miranda, Thiago de Andrade Morandi, Genilson Antonio Ferreira
[Sala do Meet][Documento]
15:30 - 17:30 Mesa redonda: Arte e sustentabilidade
Zandra Coelho de Miranda e Adilson Siqueira
Mediador@s: Rita Gusmão e Thiago de Andrade Morandi
[Sala do Meet][Documento][Texto da fala do Adilson]
17:40 - 18:30 Encerramento
Rita Gusmão
[Sala do Meet]
18:40 - 19:40 Lançamento do ebook Educomunicação & Sustentabilidade poéticas artísticas e socioculturais
Filomena Maria Avelina Bomfim; Luciana Beatriz Chagas; Silvia Cristina dos Reis; Zandra Coelho de Miranda
[Sala do Meet]
20:00 - 22:00 Cabaré do GTrans
Mediador@s: Rogério das Dores e Regilan Deusamar Barbosa Pereira
[Sala do Jitsi]

Círculos de Debates 1 - Ideias Pedagógicas

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA INCLUSÃO SOCIOECONÔMICA SUSTENTÁVEL (PEFISS)

*>Glauco Manuel dos Santos [Vídeo] | [Texto]

O Programa de Educação Financeira para Inclusão Socioeconômica Sustentável promove cursos de educação financeira crítica para estudantes secundaristas, da rede pública de ensino. O programa também atende as demandas especificas de empreendimentos de economia solidária, comunidades de povos tradicionais e do público em geral. Tais atividades incluem, além de cursos e rodas de conversa sobre temas específicos, um trabalho de diagnóstico e assessoramento na resolução de problemas de vulnerabilidade econômico-financeira, conscientização, emancipação, exercício da cidadania e acesso da forma sustentável aos mercados de bens e serviços além de auxiliar na elaboração de estratégias de desenvolvimento comunitário em nível local.

Práticas discursivas, sociais e culturais: devires do design da sociedade e da sociedade do design

*>Paulo Henrique Caetano [Vídeo] | [Texto]

Esta comunicação apresenta proposta de atuação docente na UFSJ para o próximo quadriênio, nos contextos do GTRANS, Programa Interdisciplinar de Pós-Graduação em Artes, Urbanidades e Sustentabilidade, e Curso de Comunicação Social - Jornalismo, apontando os principais conceitos e elementos que serão utilizados no ensino na graduação e pós-graduação, na pesquisa e na extensão neste período. Outra frente de atuação, esta internacional, é junto ao Programa Flagship para o Português, espaço privilegiado de interlocução com as universidades da Georgia e do Texas (UGA e UT). Nessas instituições é possível destacar pares potenciais para parcerias, havendo uma série de preocupações e olhares que se aproximam. Também serão mencionadas algumas das Unidades Curriculares que compoem os primeiros momentos da execução do projeto, bem como seus desdobramentos em forma de Programa de Extensão e Projetos de Iniciação Científica e de dissertação de Mestrado e outros produtos, no intuito de informar sobre a consolidação institucional desse princípio projetual. A base teórica para a execução do projeto tem seu ponto de partida nos estudos da linguagem e discurso, com viés socioantropológico (cf. FAIRCLOUGH, 2001, 2003, 2006), estendendo-se a estudos da relação entre manifestações culturais e suas vinculações territoriais. O conceito de design e seus desdobramentos instrumentais para a análise social são acionados como maneiras de fomentar projetos críticos e sustentáveis de futuro (cf. FLUSSER, KRESS e VAN LEEUWEEN, 1996, 2001). No entanto, esses pontos de partida teóricos são interrogados, complementados ou superados por outros, como as contundentes e concisas questões trazidas por Ailton Krenak (2019, 2020).

Epistemologias do Sul como metodologia de ensino e aprendizagem para educação uma integral

*> Rita Gusmão [Vídeo] | [Texto]

Trato como pressuposto para esta pesquisa o fato de que o ensino e aprendizagem, seja de crianças, ou jovens ou adultos, na contemporaneidade, precisa levar em consideração que a multi-expressividade é uma habilidade e uma necessidade dos seres socioculturais. Uma educação que continue dividindo os conhecimentos em pequenas gavetas específicas, tende a desencorajar o exercício da inteligência e a desestimular a afetividade quanto aos processos de aprendizado. O objetivo específico desta pesquisa é de desenvolver uma metodologia de trabalho que promova a interatividade entre as inteligências e seus modos de aprendizado, buscando abandonar a atividade pedagógica baseada na separação entre áreas de conhecimento. A inspiração inicial para esta hipótese vem de Paulo Freire: “ação e reflexão [são] de tal forma solidárias, em uma interação tão radical que, sacrificada, ainda que em parte, uma delas, se ressente imediatamente a outra” (Freire, Pedagogia do Oprimido, p. 77).
Para desenvolver esta pesquisa, trato a atividade coletiva como um importante recurso para a composição de processos pedagógicos e, mesmo em momentos de recolhimento social, como uma perspectiva de ação consistente e estimulante para os projetos de aprendizado de todos os campos de conhecimento. Entendo atividade coletiva como todas aquelas em que haja interação entre tarefas, opiniões e compartilhamento de apreensões, e que resulta em ações efetivas.
Considerando estes pressupostos, proponho desenvolver e experimentar uma metodologia de ensino e aprendizagem que se baseie nos seguintes princípios, que podem também ser vistos como metodologias:
1- Representatividade: reconhecimento do próprio corpo como referência de comunicação e de realização de conceitos; significa compreender que somos corpo carnal, perceptos e afectos e que continuadamente todas estas instâncias participam do desenvolvimento do si mesmo e do conhecimento.
2- Desnaturalização: reconhecimento da ética própria a cada situação e a cada grupo, identificando as relações culturais e políticas que desenham estas relações, para compreender que as relações interpessoais promovem a ecologia da vida e corazona as ações no mundo; estabelecer a ética como foco para a análise, a elaboração e a definição de atitudes. OBS: Corazonar- equiparar razão e afetos e emoções.
3- Emancipação: realizar ações que tenham como objetivo reconhecer a via pessoal de emancipação, por meio da iteração com vínculos afetivos pessoais e experiências de estudo e trabalho, de forma a compreender o ubuntu; entender e realizar a interdependência e o ser com como a possibilidade mais consistente de reelaborar a própria forma de aprender no mundo.
4- Desaprender: revitalizar o conceito de escola, por meio da deslegitimização de parâmetros antiquados de comportamento quanto à aprendizagem, tais como: memorizar, realizar trabalhos somente pela escrita, aceitar pressupostos heteronormativos, ignorar o machismo e o imperialismo das relações de ensino e aprendizagem;
5- Buscar a conquista da Swaraj: autodeterminação profunda maior que a independência;
6- Ahimsa: resistir sempre sem praticar violências;
7- Praticar a pachamama: vivenciar a natureza como ser vivo, com direitos de vida iguais aos do ser humano.
Para alcançar realizar esta metodologia tenho reunido em experimentos nas áreas de artes e de educação básica os seguintes conceitos:
1- Artífice: festejar, alcançar a individualidade e reconhecer a imperfeição em si mesmo (SENNET, Richard);
2- Fluxo: reconstruir continuadamente a própria realidade, revendo posições e palavras, obtendo a temporalidade de maneira consciente e cultivando a presença;
3- Intencionalidade: estudo dos matizes delicados do estado de espírito para a elaboração de decisões para além do impulso somente; 4- Delineamento rítmico: reconhecimento da coordenação indispensável de esforços corporal, mental e afectivo para a realização de movimentos físicos, ideacionais e discursivos;
Minha expectativa é encontrar parceiras/os/es de variadas áreas do conhecimento que se disponham a experimentar em si mesmos estes princípios de trabalho para elaborar a melhor organização metodológica que for possível com estes conceitos, considerando sua autonomia própria. Almejo que a metodologia desenvolva a percepção do esforço e que ele se estabelece em fluxo, e que este resultará em aprendizado na medida em que cada participante estabeleça um plano de ações espaciais, temporais e expressivas com seus objetivos pré-definidos e flexíveis, podendo ser revistos a qualquer momento do processo. A potencialização do aprendizado se dará na medida em que estes esforços traduzirem genuínos impulsos internos que, por sua vez, originem e motivem a rede de movimentos, discursos e gestos que leve a realização da representatividade. Acredito que será necessário a manutenção de um processo de longa duração, cuja função é a integração harmoniosa dos próprios esforços, e a elaboração de discurso sobre estes aprendizados. Esta harmonia, que chamo aqui de Delineamento Rítmico, pode ser entendida como o conhecimento da coordenação de esforços e das harmonias da trajetória do movimento e do pensamento no espaço, na experiência e no seu entrelaçamento com tônus atitudinal. E acredito em tudo isso plenamente.

Transdisciplinaridade e Matemática

*> Ivana de Vasconcellos Latosinski [Vídeo] | [Texto]

Resumo da palestra:
O manifesto da transdisciplinaridade, de Bassarab Nicolescu, estabelece uma crítica ao processo de fragmentação do conhecimento e sugere abordagens alicerçadas na compreensão das múltiplas dimensões da realidade e o princípio do terceiro incluído.
Assim, a transdisciplinaridade procura transgredir as falsas dualidades entre “sujeito/objeto, subjetividade/objetividade, matéria/consciência, natureza/divino, simplicidade/complexidade, reducionismo/holismo, diversidade/unidade”, com o reconhecimento da existência de complexas pluralidades.
Nesta palestra, vamos discutir a relação entre a proposta transdisciplinar e o desenvolvimento da matemática.
Resumo da pesquisa:
Tenho graduação em Matemática Computacional e mestrado em Matemática Pura pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Além disso, possuo doutorado pelo IMPA (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada) e pós doutorado pela UFMG em Matemática Pura. Durante a minha formação acadêmica, trabalhei na área de Sistemas Dinâmicos, mais especificamente com Bilhares e Termostatos Gaussianos.
Já como professora da UFSJ, em 2018 ministrei a disciplina História da Matemática e desde então venho pesquisando a relação entre matemática e outras áreas do conhecimento e cultura.
Metodologia: Pesquisa bibliográfica.

Da Raiz a Planta : Jornada em estudos de singularidades e dramaturgias cômicas

*> Thiago Araujo [Vídeo 1] | [Vídeo 2] | [Texto]

O principal objetivo desta jornada é conhecer e aprofundar princípios para desenvolver sua ação física de palhaçaria e se debruçar sobre fundamentos para dramaturgias não convencionais, sendo esse o principal desafio . A decolonialidade e libertação de fluxos singularizantes são os principais valores a serem trabalhados, diante da constatação de que o Teatro, bem como o Palhaço traduzem hegemonias limitantes estéreis, se comparados a referencias míticas de ritualidade cómica caótico cósmica desconectadas alhures. As personalidades brasileiras das feiras populares coloniais, os arquétipos das personalidades escravizadas e ou submetidas associadas aos traços de caráter de Reich trazem máscaras genuínas e autênticas que reforçam a condição de singularidade da performatividade e porque não da ação física cênica brasileira, no intuito de investigar quais os lugares da singularidade cômica nas artes cênicas. Comediantes, humoristas, palhaças e palhaços se potencializam a medida que ampliam seu fluxo de singularidade e autenticidade e nos libertam da imagem hegemônica da cultura moderna ou da sua própria referência ulterior. O maniqueísmo entre bem e mal e suas projeções do feio ao belo, do pobre ao rico só servem se forem operadas em intenção derrisória e disruptiva explicita. A comédia ritual só é possível se alcançar o status de criação dramatúrgica singular, do tamanho da lavagem cerebral que nos foi imposta.
Esta metodologia que estou trazendo para vocês traz um princípio de acionamento e desenvolvimento de sua singularidade comica, são estudos e práticas experimentais que buscam te sensibilizar e te conectar num fluxo caótico cósmico cômico de um modo que somente você pode fazer, porque cada indivíduo, cada corpo tem formas próprias de acessar, mas que passa em todos os casos por estímulos psicofísicos, através de ações e dramaturgias disruptivas ou imersões em técnicas respiratórias, de conscientização e tonificação corporal. Venho para lhe apoiar no árduo desafio de desconstruir sua visão de mundo através do acionamento da sua singularidade comica. Para isso vamos quebrar paradigmas relacionados a matrizes morais do teatro ocidental , destroçar de vez a couraça do teatro burguês e beber na fonte dos cômicos rituais, os quais, tem suas linhas de atuação mas manipulam cada um universo próprio e singular. Vamos compreender como o padrão de ruptura opera na produção do riso e por conseguinte nos aprofundar nos riscos que o riso gera ( entre a alienação e o escárnio, como operar inversões de sentido e não se arriscar), todas questões polêmicas que a maioria de nós que estamos curiosos e investigativos pela palhaçaria e pelo cômico ritual estão possivelmente estamos questionando. Onde esta a etica no ritual comico? Como operar a sombra a favor do jogo? Como fazer o seu melhor uso da menor máscara do mundo? Os padrões lógicos, a arquitetura natural, os jogos de dominação e hegemonia humanas, a fetichização e a estigmatização são mitos que precisam ser desconstruídos e reapropriados para transitarmos entre a episteme, que é um lugar de hegemonia da herança ocidental católica patriarcal e a singularidade sensível e intelectual dos corpos( coletivos ou individuais) em perspectiva. Dizer não a singularidade de um corpo é tolher sua fruição criativa, pois qualquer impedimento do corpo-mente só pode ser dado pelo contingenciamento da própria experiência. Fundamentos devem ser conhecidos para então ser apropriados ou abandonados, mas não para existirem como fantasmagorias que nos atrelam a uma dominação estética atávica.

Círculos de Debates 2 - Entre Arte e Ativismo

CORPO, CULTURA E EDUCAÇÃO: UMA ABORDAGEM ECOPOÉTICA (METODOLÓGICA) DA DANÇA DE CONGADO EM DIONÍSIO - MG

*>Genilson Antonio Ferreira [Vídeo] | [Texto] | [Dissertação]

A presente pesquisa visa, num primeiro momento, realizar e apresentar uma análise sobre a performance da dança de Congado presente na Festa de Nossa Senhora do Rosário, da cidade de Dionísio, em Minas Gerais. A análise tenta trazer à tona os elementos performáticos que fazem parte dessa tradição cultural de nossa cidade. O segundo momento desta investigação acadêmica versa sobre a possibilidade de criarmos, a partir da Base Nacional Comum Curricular, a uma abordagem pedagógica e ecopoética, que nos auxilie no trabalho docente. A prática do exercício criado está embasada na Lei 10.639/03, mas que busca ainda, em mesma medida, encontrar formas e maneiras eficazes ao ensino prático de reminiscências da cultura afro-brasileira. Dessa forma, este trabalho almeja a possibilidade de trabalhar com as diversas culturas populares, regionais e nacionais, existentes em nosso país.

Ecopoética artivista: performance transmídia social e climaticamente engajada

*>Adilson Siqueira [Vídeo] | [Texto]

Este artigo apresenta a prática comunitária transdisciplinar em desenvolvimento pelo Laboratório de Ecopoéticas, grupo de pesquisa vinculado aos Programas de Pós-graduação Interdisciplinar em Artes, Urbanidades e Sustentabilidade e em Artes Cênicas da UFSJ. Tal prática tem por objetivo a fundação de tradições e está centrada na abordagem somático-performativa, nos conceitos de deriva, cartografia, análise institucional, esquizoanálise e performatividade e busca desenvolver ações em comunidades periurbanas. Estas ações buscam promover o envolvimento comunitário na criação de espaços de possibilidades através da implementação de práticas que se proponham a reconfigurar um ou mais espaços urbanos na comunidade, fundando uma nova tradição de uso e pertença para o(s) mesmo(s). Estas atividades vão desde vivencias práticas em arte urbana contemporânea, permacultura, atividades de lazer, shows, festas e, o mais importante, oferece aos interessados um curso teórico-prático de capacitação em organização e gestão de eventos artivistas comunitários urbanos e sustentáveis (ecopoéticos) após nossa saída.

Arte, Cultura e Sustentabilidade Digital no ALICE - Laboratório de Artes, Interfaces, Computação e Outras Cosias

*>Flávio Luiz Schiavoni [Vídeo] | [Texto]

O ALICE (Arts Lab in Interfaces, Computers, and Aeverything Else) é um laboratório sediado no Departamento de Computação da UFSJ que pesquisa arte digital sob uma perspectiva transdisciplinar. Este laboratório aborda a Arte Digital partindo do conceito sustentável de Software Livre e tecnologias abertas, uma Arte Póvera digital que pode permitir a inclusão social no mundo digital por meio da Arte, dos processos criativos e do movimento Faça Você mesmo. Este grupo funciona ainda de maneira integrada com a Orchidea (An Orchestra of Ideas), um grupo de criação de arte digital que em parceria com outros grupos de Arte da UFSJ vem propondo uma relação indissociável entre arte e ciência, cultura e tecnologia.

Segurança alimentar, pandemia e extensão universitária

*>Priscila Moraes Ribeiro de Paula [Vídeo] | [Texto]

O artigo apresenta projeto de extensão universitária que propõe enfrentar a Pandemia COVID-19 através de ações em Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), promovendo redes de solidariedade, mercados de proximidade e responsabilidade governamental para a garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). O propósito é discutir o potencial do enfoque da SAN como estratégia de desenvolvimento territorial, tendo em conta a emergência da pandemia. Para tanto, é realizada uma breve leitura da experiência brasileira em SAN, de onde decorrem diálogos de saberes como estratégia. Propõe-se então uma análise documental e de estudo de caso, evidenciando as origens do projeto, seus objetivos específicos e suas estratégias de enfrentamento de questões urgentes e de médio e longo prazos. Essa análise será realizada também em diálogo com autores que, acredita-se, contribuem para uma melhor compreensão dos processos em curso e com aspectos relevantes da realidade territorial onde o projeto está sendo implementado. Nas considerações finais, o tema da SAN enquanto estratégia de desenvolvimento será retomado e serão expostas algumas ações em curso, além de problemas tanto de ordem teórico-metodológica, quanto de gestão, que vêm sendo colocados pela experiência de implementação do projeto em questão.

ARTÍFICE ENTRE URBANIDADE E NATUREZA

*>Regilan Deusamar Barbosa Pereira [Vídeo] | [Texto]

Como criar harmonia entre nossos modos de viver nas cidades e o meio ambiente? Esta questão busca resposta na análise da diversidade do trabalho artesão, que através da oficina conecta cultura, arte, tratamento de materiais diversos às demandas da comunidade na qual habitam os próprios artesãos e artesãs. A manutenção econômica destas oficinas e de seus trabalhadores também é foco de interesse na resposta à questão de como harmonizar cidade e natureza. Os estudos de Richard Sennett em O Artífice, aliados ao conceito de Ecologia dos Saberes do Boaventura de Souza Santos conferirão a fundamentação teórica para os conceitos de sustentabilidade e humanidade. O projeto de Rembrandt: o ateliê e o mercado, de autoria da historiadora americana Svetlana Alpers, e publicado pela Universidade de Chicago em 1988, apresentará estudos sobre arte e valorização do trabalho artístico.

Enquanto morar for um privilégio, ocupar é um direito

*> Tatiana Diniz Lima [Vídeo] | [Texto]

Este trabalho tem como objetivo discutir a ocupação de propriedades privadas em grandes centros urbanos. Tendo como premissas o processo de gentrificação, a sustentabilidade ambiental e o direito legítimo de postular o direito à moradia Primeiramente há que se considerar é o direito de propriedade sendo um dos pilares do sistema capitalista, mas também um direito social. Porém, o exercício desse direito é norteado pelo princípio função social da propriedade. Sabe-se que considerando o processo histórico brasileiro a propriedade privada vem sustentando o acúmulo de riquezas e desigualdades sociais. Com base nisso a ação dos movimentos sociais se mostram um instrumento eficaz para diagnosticar a deficiência de políticas públicas eficientes. Até pelo fato de que esses movimentos em geral, são independes de processos assistencialistas. Ou seja, eles se organizam na ação direta para ocupar, resistir e permanecer na posse do espaço ocupado. A violência e a exclusão social guardam um estreito vínculo, fazendo com as pessoas aceitem silenciosamente a realidade atual como normal. Sendo assim, a dinâmica previamente estabelecida norteada por interesses heteronormativos e patriarcais brancos repercutiu nas cidades e nas relações econômicas ali existentes. Levando tudo em consideração, passo a análise da função social da propriedade.Já que uma das razões para que estes movimentos permaneçam nas propriedades ocupadas é o descumprimento desse princípio. Elencado na Constituição, impõe uma conduta positiva do proprietário, para que efetivamente exerça o seu direito, ou seja, que proprietário de fato seja proprietário, que dê destinação adequada ao seu bem. O debate em torno da questão habitacional e reivindicação dos movimentos sociais pró-moradia alcançam destaque a partir de 1989 com a articulação da União Nacional por Moradia Popular (UNMP) e o Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM) que a partir da mobilização coletiva teve como principal conquista a promulgação da Lei 11.124/2005 e seus desdobramentos até as atuais políticas públicas envolvendo a questão. Atualmente, os movimentos sociais continuam exercendo reivindicação e pressionando o poder público, buscando participar ativamente do processo decisório, como vemos entre os Movimentos de Trabalhadores sem Teto que atuam pulverizados regionalmente. Por fim, ressalto que para essa apresentação darei especial destaque a ocupação Dandara e o Espaço Cultural Luiz Estrela.

POÉTICAS DA NATUREZA E SUAS INTERFACES COM A SOCIEDADE

*>Zandra Coelho de Miranda [Vídeo] | [Texto]

RESUMO No presente texto buscamos esclarecer as diretrizes de pesquisa em arte que norteiam as criações plásticas e poéticas de minha produção como artista e professora. Os vínculos da cerâmica com a terra, que é sua própria carne, se enraízam de forma irreversível na natureza, buscando a compreensão de seus processos e dinâmicas internas que acreditamos serem pistas importantes na busca da sustentabilidade, com especial atenção à sustentabilidade social e uma ecologia das idéias. Assim a pesquisa cria interfaces de diálogo e atuação social e assume uma postura artivista e arte-educadora. Palavras-chave: Pesquisa em arte. Cerâmica. Enraizar.

Urbanografia, a imagem do cenário do grafite e pixação em BH

*> Thiago de Andrade Morandi [Vídeo] | [Texto]

A pesquisa ainda em andamento visa compreender de forma etnográfica como a imagem,enquanto registro visual que vai para as redes sociais, alimenta e retroalimenta os processos criativos dos grafiteiros e pichadores que realizam suas intervenções em Belo Horizonte.

Lançamento do ebook Educomunicação & Sustentabilidade poéticas artísticas e socioculturais

*>Filomena Maria Avelina Bomfim; Luciana Beatriz Chagas; Silvia Cristina dos Reis; Zandra Coelho de Miranda [Vídeo] | [Texto]

O Grupo de Estudo e Pesquisa em Educomunicação (GEPEducomufsj) lança a edição 2020, do ebook Educomunicação & Sustentabilidade: poéticas artísticas e socioculturais, publicado em parceria com o Programa Interdepartamental de Pós-Graduação Interdisciplinar em Artes, Urbanidade e Sustentabilidade (PIPAUS), da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). A obra organizadas pelas professoras do PIPAUS Filomena Maria Avelina Bomfim, Luciana Beatriz Chagas, Zandra Coelho de Miranda e pela ex-aluna do programa Silvia Cristina dos Reis, é composta por cinco artigos “fundamentados em dissertações desenvolvidas por mestrandos do PIPAUS, sob a orientação de professores – pesquisadores vinculados ao mencionado programa de pós-graduação, que direta ou indiretamente, abordam processos educomunicativos discutidos e aprofundados no âmbito do Grupo de Estudos & Pesquisas em Educomunicação”, conforme explica a professora Filomena. Neste sentido a coletânea constitui uma pequena mostra dos trabalhos e pesquisas desenvolvidos no Programa PIPAUS. A obra é estruturada em cinco capítulos e cada um deles traz um trabalho desenvolvido pelos mestres formados pelo PIPAUS, a saber: Silvia Cristina dos Reis, Ana Cristina da Silveira, Ana Claudia Silva Lima, Francisco Alessandri Gonçalves de Andrade e Luiza de Resende Madeira em parceria com as professoras organizadoras e com o professor Paulo Henrique Caetano.

Comissão Organizadora